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Que o agronegócio é gigante no brasil já sabemos, dentro deste setor, há empresas de fertilizantes, sementes, tecnologia, serviços, produtores e outras que movem o agro todos os dias, muitas das que estão em crescimento ou em consolidação nos perguntam constantemente “qual é a melhor hora de implementar um conselho consultivo?”, já que muitas dessas empresas estão adotando conselhos como uma ferramenta estratégica para alavancar seu crescimento e trazer inovação.
Neste artigo, abordaremos como o setor de recursos humanos de empresas no agro pode liderar a implementação de um conselho consultivo, mostrando as melhores vantagens para o negócio.
Um conselho consultivo é um grupo de especialistas externos, formado para fornecer orientação estratégica, aconselhamento e perspectivas independentes para a alta administração de uma empresa. Ao contrário de um conselho de administração, um conselho consultivo não tem responsabilidade fiduciária e suas recomendações não são vinculativas, no entanto, seu papel é orientar a empresa em decisões estratégicas, inovação e principalmente com mitigação de riscos.
Atualmente são mais usados dois tipos de conselhos, o conselho consultivo interno e o externo, ambos respeitam as funções de aconselhamento da diretoria na empresa para a maior diferença é dada por quem está participando do conselho.
Conselho interno vs Conselho externo:
Um conselho interno é composto por membros que já fazem parte da organização, geralmente incluindo executivos, gerentes seniores e, em alguns casos, funcionários de diferentes áreas da empresa, já o conselho externo é composto por especialistas que não fazem parte da empresa, nesse caso são essas conselheiros que irão trazer perspectivas junto com idéias para oxigenar o negócio.
Líderes e diretores corporativos apontaram em uma pesquisa do The Alternative Board que 95,7% acreditavam que seu conselho consultivo agregava “valor real” aos seus negócios. A implementação de um conselho consultivo pode trazer inúmeros benefícios para empresas do agronegócio, incluindo:
Visão externa: Conselheiros externos trazem perspectivas frescas e especializadas, muitas vezes identificando oportunidades e desafios que podem não ser evidentes para aqueles que estão imersos nas operações diárias.
Inovação: A agricultura moderna é altamente dependente de tecnologia, desde a biotecnologia até a agricultura de precisão. Um conselho consultivo pode ajudar a empresa a explorar e adotar novas tecnologias que aumentam a eficiência.
Mitigação de riscos: As empresas do agronegócio enfrentam riscos únicos, como mudanças climáticas, volatilidade dos preços das commodities e regulamentações ambientais. Conselhos consultivos podem ajudar a antecipar esses riscos e desenvolver estratégias de mitigação.
Networking: Conselheiros experientes frequentemente têm redes de contatos valiosas que podem abrir portas para novas parcerias, mercados e oportunidades de crescimento.
A estruturação de um conselho consultivo envolve pelo menos essas 4 etapas:
a) Definição dos objetivos
Antes de formar o conselho, é essencial que a empresa defina claramente seus objetivos. Pergunte-se: o que a empresa espera alcançar com o conselho consultivo? Essas metas podem incluir expansão de mercado, inovação tecnológica, melhoria de processos operacionais, entre outros.
b) Seleção dos membros
A escolha dos membros é uma das etapas mais importantes. Para empresas do agronegócio, é recomendável selecionar membros com expertise em áreas como agronomia, biotecnologia, gestão de riscos, economia, e também em áreas transversais, como tecnologia da informação e regulamentações internacionais. Isso a AGROSearch pode te ajudar, clique aqui e saiba como.
Experiência setorial: Preferência por indivíduos com histórico comprovado em posições de liderança dentro do agronegócio.
Diversidade de conhecimento: Inclua membros com diferentes áreas de especialização para garantir uma visão multidimensional dos desafios e oportunidades.
Fit cultural: Os membros do conselho devem entender e alinhar-se com a cultura organizacional da empresa.
c) Estabelecimento de Mandato e Responsabilidades
O conselho consultivo deve ter um mandato claramente definido, detalhando suas responsabilidades, frequência de reuniões e o tipo de suporte esperado. Geralmente, conselhos consultivos se reúnem de três a quatro vezes por ano, mas a frequência pode variar dependendo das necessidades da empresa.
d) Compensação e Incentivos
Embora os conselheiros consultivos não tenham responsabilidades fiduciárias, é comum oferecer uma compensação financeira como forma de valorizar seu tempo e expertise. Além disso, incentivos não financeiros, como oportunidades de networking e participação em eventos do setor, também podem ser atraentes.
Implementar um conselho consultivo no setor agropecuário apresenta desafios únicos que precisam ser considerados:
Complexidade regulatória: As regulamentações no agronegócio variam significativamente entre regiões e produtos. Membros do conselho com experiência em regulamentações podem ser essenciais para garantir a conformidade e evitar penalidades.
Volatilidade dos mercados: O preço das commodities agrícolas pode ser altamente volátil. Conselheiros com experiência em finanças e mercados de commodities podem fornecer insights valiosos para a gestão de riscos financeiros.
Para ilustrar a eficácia dos conselhos consultivos no agronegócio, considere os seguintes exemplos com os nomes de cada empresa preservados:
Empresa A: Uma grande multinacional de fertilizantes formou um conselho consultivo composto por especialistas em biotecnologia e sustentabilidade. Isso ajudou a empresa a lançar uma linha de produtos eco-friendly, capturando uma fatia significativa do mercado voltado para a agricultura sustentável.
Empresa B: Um fabricante de maquinário agrícola, diante da necessidade de inovar em tecnologias de automação, formou um conselho consultivo com especialistas em tecnologia e engenheiros de renome. O resultado foi o desenvolvimento de uma nova linha de tratores autônomos que se tornou líder de mercado.
Para o setor de recursos humanos, a implementação de um conselho consultivo envolve várias etapas operacionais, como:
Entender as necessidades da empresa: Colabore com as lideranças para identificar áreas onde o conselho consultivo pode agregar mais valor.
Recrutamento e seleção: Encontre os melhores talentos para o conselho, considerando tanto a experiência técnica quanto a compatibilidade cultural, conte com especialistas como a AGROSearch para isso.
Onboarding: Desenvolva um programa de onboarding para garantir que os novos conselheiros entendam a visão, missão e desafios da empresa.
Monitoramento: Estabeleça métricas para avaliar o impacto do conselho consultivo, ajustando a composição e o foco conforme necessário para maximizar o valor gerado.
A implementação de um conselho consultivo pode ser uma “safra extra” para empresas do agro que buscam continuar inovando sem parar de crescer. O RH tem o papel da criação e manutenção de um conselho que agregue valor real à organização, então conheça muito bem quem estará à frente do projeto.
Então ao investir em um conselho consultivo não é apenas uma questão de seguir uma tendência; é uma estratégia para garantir que a sua empresa esteja preparada para enfrentar maiores desafios aproveitando as oportunidades do mercado.