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Plano de Cargos e Salários no Agronegócio:

Você está preparado para colher o que plantou?

Imagine o seguinte: você tem a terra, tem a tecnologia, tem o maquinário de última geração. Tudo está alinhado para uma colheita recorde. Mas aí surge um problema: onde estão as pessoas certas para fazer tudo isso acontecer? O agronegócio é um jogo de alta pressão, e não é só de sementes e fertilizantes que se vive uma safra. A gestão de talentos se tornou o novo solo fértil para as empresas que querem crescer, e um bom plano de cargos e salários pode ser o segredo que você estava procurando – ou que talvez nem soubesse que precisava.

Por que estamos falando sobre isso agora?

Você já se perguntou por que algumas fazendas e empresas agrícolas parecem sempre atrair os melhores profissionais, enquanto outras vivem com dificuldade para manter suas equipes motivadas? Spoiler: não é só o salário. Hoje, o jogo mudou, e a nova safra de profissionais busca muito mais do que um pagamento no fim do mês. Querem propósito, crescimento, reconhecimento, e, claro, um plano de carreira que faça sentido.

O plano de cargos e salários é o mapa que guia o caminho. Ele mostra onde cada profissional está, onde pode chegar, e qual a recompensa por trilhar esse percurso. Sem ele, sua empresa pode estar perdendo talentos tão rápido quanto a água escorre pelas mãos.

O Grande erro: Tratar salário como insumo de baixa importância

No agronegócio, estamos acostumados a pensar nos insumos: o melhor fertilizante, a semente de qualidade superior, a máquina mais eficiente. Mas, e o que estamos fazendo para cuidar do nosso maior insumo – as pessoas? Um plano de cargos e salários mal estruturado é como plantar sem cuidar do solo: você pode até colher, mas nunca vai ter o melhor resultado possível.

Os erros mais comuns que vemos por aí:

  • Promessas vazias: “Aqui tem chance de crescimento!” – mas sem nada concreto que explique como isso vai acontecer. Resultado? Frustração e alta rotatividade.
  • Desconexão com a realidade do campo: Planos de cargos que parecem feitos para um escritório de São Paulo e não para uma fazenda no Mato Grosso. É preciso falar a língua do campo!
  • Falta de reconhecimento de habilidades únicas: No agronegócio, a experiência prática vale ouro, mas muitas vezes isso não se reflete no plano de salários.

 

Antes de começar seu Plano de Cargos e Salários faça essas 4 etapas:

  1. Competências:
    O mapeamento de competências é fundamental. Identifique as competências técnicas, comportamentais e organizacionais necessárias para cada cargo. Isso auxilia na definição das faixas salariais e no desenvolvimento da equipe.

  2. Descrição dos cargos:
    A criação de descrições de cargos detalhadas é essencial. Elas definem as responsabilidades, as competências necessárias e as expectativas para cada posição. Isso ajuda a estabelecer uma estrutura clara e a base para o plano de cargos e salários.

  3. KPI’s:
    Acompanhe o desempenho de forma consistente. Utilize indicadores de competência, performance, avaliação de desempenho e resultados de treinamentos para avaliar a eficácia do plano de cargos e salários.

Pesquisa:
Com a lista de cargos reestruturada e atualizada, é preciso entender como o mercado os remunera. Aqui, é ideal contratar uma consultoria especializada, que atenda empresas do mesmo ramo de atuação para que os resultados encontrados sejam mais pertinentes e certeiros.

Ok, mas como estruturar isso na prática?

Vamos direto ao ponto: criar um plano de cargos e salários não precisa ser um bicho de sete cabeças. Veja alguns passos essenciais para colocar a mão na massa:

  1. Mapeie tudo: Desenhe a estrutura de cargos da sua empresa como se fosse um mapa de plantação. Quem faz o quê, como e por que? Defina os cargos com clareza, mas evite burocratizar demais.
  2. Pesquise o mercado (E o seu próprio quintal): Nada de copiar e colar tabelas de outras empresas. Estude o mercado, mas também entenda o que seus próprios funcionários valorizam. Quem conhece o solo sabe onde pisar.
  3. Crie faixas salariais que fazem sentido: Coloque-se no lugar do colaborador: quanto você pagaria pelo conhecimento de campo, pela capacidade de resolver problemas com rapidez, ou pela habilidade em manusear tecnologias que nem todo mundo entende?
  4. Desenhe trilhas de carreira reais: Mostrar que o colaborador pode crescer é ótimo, mas tem que ser verdade. Descreva as trilhas de carreira de forma simples e clara, mostre os caminhos possíveis e o que é necessário para avançar.
  5. Comunique-se constantemente: Não deixe seu plano de cargos e salários escondido em um documento que ninguém lê. Fale sobre ele, mostre as oportunidades, atualize conforme o mercado muda. No agronegócio, o clima muda, as demandas mudam, e o seu plano também precisa mudar.

A cereja do bolo: Os benefícios não-convencionais

Além do salário, pense fora da caixa quando se trata de benefícios. No campo, um bom plano de saúde, auxílio para moradia e até pequenas coisas como internet na fazenda podem ser um atrativo e tanto. E que tal bonificar por inovação? A ideia que nasce do chão da fábrica pode ser a próxima grande economia da sua operação.

Fechando a colheita: Você está pronto para competir pelo melhor talento?

No final das contas, o plano de cargos e salários é mais do que um pedaço de papel ou um arquivo no computador. É a sua promessa para cada colaborador de que o trabalho dele importa, de que há um caminho a ser percorrido, e que os frutos desse trabalho serão colhidos de forma justa. No agronegócio, onde cada detalhe faz a diferença entre uma safra boa e uma safra excelente, a gestão de pessoas não pode ser deixada de lado.

Então, a pergunta é: você está preparado para colher o que plantou?